| O meu plátano não falha no seu cuidado de me anunciar o Outono. Todos os anos manda as primeiras folhas perdidas roçarem a minha porta, num vozear vegetal, feito de estalidos e sussurros arrastados. Foi assim hoje. Reconheci o toque, abri a porta e recolhi a folha maior, enorme, lindíssima no seu ainda verde mesclado de anúncios de dourado. Vai ser guardada até para o ano, se eu e o plátano mantivermos a nossa relação.
Licínia Quitério |
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